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EM BRASÍLIA | Ano novo e mesma ladainha ou "sujo falando do mal lavado"

terça-feira 5 de janeiro de 2016 | 00:00

Já no primeiro fim de semana do ano o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, defendeu a presidenta Dilma contra seu desafeto Eduardo Cunha , que no domingo dia 03 de janeiro declarou que Dilma teria estado com o deputado André Moura (PSC-CE) relator da reforma tributaria na Câmara de Deputados e que supostamente Dilma ofereceu apoio a Cunha no Conselho de Ética em troca da aprovação da CPMF.

“Sobre a afirmação do presidente da Câmara, ele é que mentiu, na medida que disse que ontem o deputado André Moura teria estado com a presidenta Dilma, levado por mim. O deputado André Moura não esteve com a presidenta Dilma, esteve comigo, sempre discuti com ele como emissário do presidente da Câmara, sempre discuti com ele pauta econômica”, disse o ministro em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.

Wagner disse que a conversa com Moura se resumiu a projetos da área econômica que estão na pauta da Câmara e que nunca falou sobre a aceitação do pedido de abertura de impeachment. “Nunca conversei com o deputado André Moura – e ele seguramente irá confirmar – sobre arquivamento ou não de pedido de impeachment, até porque sou da tese de que não podemos sustentar um governo o tempo todo ameaçado, chantageado com a entrada ou não do pedido de impeachment”, avaliou.

O ministro acusou Cunha de ameaçar e chantagear o governo com a possibilidade de acatar a abertura de impeachment e disse que o presidente da Câmara age “no tapetão”, pois a barganha não garantiu o apoio que ele precisava para se livrar de um processo no Conselho de Ética.

“Não sou obrigado a ser verdadeiro com alguém que usa seu próprio poder para paralisar um país e paralisar a vida do Congresso Nacional. Sempre é a ferramenta da ameaça, que é a prática do presidente da Câmara, sempre ameaçando para conquistar o que quer”, disse. “É como se diz na gíria do futebol: perdeu no campo e continua.

O ano de 2016 começa muito parecido como terminou 2015, ou seja, disputa nas alturas, embora com menos intensidade pela vitória do governo Dilma no STF, ao mesmo tempo que seguem juntos aplicando os planos de ataques as conquistas mínimas dos trabalhadores, como temos visto no aumento no preço do transporte público ou no avanço da privatização da Petrobras. Aos trabalhadores cabe se organizar de forma independente do governismo e seus braços nos movimentos sindicais, sociais e estudantil. Mais do que está colocado a necessidade de construir um campo alternativo que imponha, pela luta, uma nova Constituinte Livre Soberana.

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil




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