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PREVIDÊNCIA | "A reforma serve para garantir o privilégio deles", diz Diana Assunção sobre a propaganda mentirosa de Temer

O debate sobre os privilégios absurdos dos juízes, a partir do escândalo dos auxílios-moradia, tomou o centro da política nacional.

segunda-feira 5 de fevereiro de 2018 | Edição do dia

Aproveitando-se do tema dos privilégios da cúpula do judiciário, o governo golpista de Temer - no afã de aprovar a Reforma da Previdência e atacar ainda mais os trabalhadores - não perdeu tempo para propagar mentiras e confusão tentando aprovar esse imenso ataque.

A campanha de Temer de que a Reforma da Previdência seria a via para atacar os privilégios da casta de juízes e políticos é um absurdo. Uma mentira descarada já que na verdade a Reforma da Previdência é pensada justamente para manter intactos os privilégios dos políticos, juízes, e dos capitalistas, pois descarrega nas costas dos trabalhadores a crise que eles criaram. O fato de Temer colocar a imagem de um jovem negro, representado um trabalhador com um semblante irritado com os privilégios dos políticos e juízes é mais uma ofensa. Temer é um dos privilegiados de se aposentar com uma fortuna paga com dinheiro que querem arrancar dos trabalhadores. O presidente golpista quer esconder que um jovem trabalhador negro como o que aparece em sua propaganda trabalhará até morrer sem nunca se aposentar, caso a Reforma da Previdência seja aprovada”, diz Diana Assunção.

A Reforma da Previdência proposta por Temer ataca os trabalhadores mais precários, já que os setores como os trabalhadores com regime de contrato intermitente possibilitado pela Reforma Trabalhista aprovada ano passado que jamais se aposentarão. As mulheres por sua vez também sofrem as consequências desse ataque, com aumento da idade para se aposentarem, e aquelas que ocupam os postos como trabalhadoras domésticas ou rurais teriam que contribuir por 15 anos para a Previdência para se aposentarem. Algo que é quase impossível, já que todos sabem que nesses postos de trabalho há grande irregularidade, informalidade e rotatividade.

Além disso, a propaganda do governo golpista mente porque os que mais sofrerão com a Reforma da Previdência entre os servidores públicos são principalmente os que ocupam cargos que não têm nada a ver com os imensos privilégios dos juízes, mas que pelo contrário em estados como no Rio de Janeiro já têm seus salários atrasados recorrentemente. São professores, servidores da Saúde, e outros setores que conseguiram garantir que sua aposentadoria fosse um pouco maior que o teto do INSS, e que com a Reforma da Previdência terão os salários cortados assim que se aposentarem. São esses os verdadeiros alvos do governo Temer com a Reforma da Previdência e não os procuradores como ele, os juízes, e políticos que acumularam durante toda a sua carreira auxílios-moradias de quase 10 mil reais, enquanto recebem salários que podem chegar a 750 mil reais ao ano.

Essa reforma é desenhada para garantir privilégios, de políticos, de juízes, procuradores mas também dos capitalistas. Falam que a culpa de falta dos recursos no orçamento são da aposentadoria dos trabalhadores, mas escondem que 42% de todo orçamento vai para os milionários e bilionários donos da dívida pública. A reforma é feita para garantir que mais e mais dinheiro seja entregue para esses que são os verdadeiros privilegiados.

Para realmente combater os privilégios dos juízes, essa casta autoritária que ninguém elegeu, há que fazer justamente o oposto do que Temer defende. Deve-se unir a luta contra a Reforma da Previdência com a luta contra os privilégios de juízes e políticos. Derrotar a reforma da previdência - e abolir a reforma trabalhista - é a melhor maneira de abrir caminho para derrotar os absurdos privilégios dos magnatas do Judiciário, que não foram eleitos por ninguém e atacam o direito da população votar em quem quiser. Mobilizar os trabalhadores, exigindo das centrais sindicais um plano de luta para construir uma greve geral já que organize nossas forças para derrotar todos os ataques, e fazer com que os juízes e políticos ganhem o mesmo que uma professora da rede pública. Para que sejam eleitos e revogáveis pelo povo, e que todo julgamento por corrupção seja feito através de júri popular. É partindo da defesa de seus direitos, como o de se aposentar decentemente, que os trabalhadores podem abrir o caminho para a instauração de uma Assembleia Livre e Soberana, que acabe com os privilégios de toda a casta de toga e dos políticos, e revertendo a entrega das riquezas aos capitalistas nacionais e estrangeiros”, afirmou Diana Assunção.




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