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JÁ DURA MAIS DE 40 DIAS | A greve dos professores do Rio Grande do Sul continua

sábado 25 de junho de 2016 | Edição do dia

O estádio do Gigantinho contou, nesta última sexta-feira (24), com cerca de 1500 professores do estado do Rio Grande do Sul para decidir os rumos da greve que já dura mais de 40 dias. No dia anterior o governador Sartori (PMDB) fez uma proposta para a categoria que não diferia tanto das propostas anteriores e não apresentou nada novo referente ao aumento salarial, uma das pautas principais dos professores. Ao término da assembleia, houve a votação por urna, que marcou 730 votos a favor da continuidade da greve contra 691 votos contrários, diferença de apenas 39 votos.

A direção do CPERS (sindicato dos professores) defendeu o fim da greve junto a setores de esquerda como algumas correntes do PSOL. Mas mesmo com a direção contrária a manutenção da greve, justificada pela baixa adesão em todo o estado, a maioria dos professores decidiu dar continuidade para a paralisação e ampliar a mobilização.

Núcleos como o 38º e 39º de Porto Alegre, os de Pelotas, de Santa Maria, de Caxias do Sul e outros núcleos decidiram quase que por unanimidade a continuidade da greve em suas assembleias regionais. Outras cidades decidiram acatar a decisão da assembleia geral, ao passo em que cerca de 20 núcleos decidiram sair da greve.

Essa assembleia ocorreu em meio ao processo de desocupações por parte dos secundaristas, que obtiveram, em muitos casos, avanços e conquistas importantes.

Ao mesmo tempo os municipários da capital gaúcha entraram em greve na semana passada em defesa de seus direitos.

E enquanto isso a crise econômica que vem assolando o estado continua. Durante essa semana o governo Sartori firmou o pacto com a união que prevê o não pagamento da dívida pública nos próximos meses, com a contrapartida que prevê enxugar gastos públicos, privatização e terceirização dos serviços públicos..

Propostas aprovadas em assembleia:

  •  Fazer pressão sobre as Câmaras de Vereadores;
  •  Realizar campanha de mídia contra o PL 44/2016;
  •  Participar das mobilizações para transparência em relação as empresas que recebem incentivos fiscais do Governo;
  •  Organizar uma campanha para denunciar o Governo Sartori e seus aliados nas eleições municipais;
  •  Realizar Moção de Repúdio ao Governo, frente a violência do tratamento dado aos estudantes, educadores e apoiadores;
  •  Realizar uma campanha para denunciar a criminosa cobrança de juros sobre juros pela união das dívidas dos Estados e Municípios (até nov/dez) e o Acordo Temer – Governadores;
  •  Ingressar com Ação Judicial contra a cobrança inconstitucional de juros sobre juros da dívida do Estado com a União;
  •  Participar da Frente de Lutas em Defesa da Previdência e da CLT, que reúne Centrais Sindicais; Organizar um Congresso da Comunidade Escolar a partir da experiência das ocupações das escolas – debater a escola, a educação que queremos;
  •  Criar de comitê em defesa do serviço público, agregando forças com outras categorias, visto que o PL 44/2016 atinge toda a população;
  •  Mobilizar e debater com a comunidade escolar através de atos já demarcados, como “Defender a Escola Pública é Show” (espaço de arte em defesa da escola pública); Buscar os sindicatos de trabalhadores para formar Fórum em Defesa dos Direitos a níveis estadual e federal;
  •  Denunciar a sonegação do Estado e informar o valor;
  •  Participar do Ato em Defesa da Democracia da Educação Pública e dos Direitos dos(as) Trabalhores(as) em Educação, chamado pela CNTE, no dia 29/06/2016, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília/DF.
  •  Realizar Moção de Apoio a luta dos professores, estudantes, indígenas e movimentos sociais do México;
  •  Realizar Moção de Repúdio ao Deputado Marcel Van Hattem;
  •  Realizar Moção de Repúdio ao Tenente Coronel comandante do 15º BPM – Canoas, pela forma truculenta e desrespeitosa com que tratou os professores que ocuparam a 27º CRE de Canoas.


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