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VENEZUELA | A esquerda argentina marchará para a embaixada dos EUA contra a ofensiva imperialista na Venezuela

Nesta quarta-feira a partir da 18h, as organizações da esquerda argentina: a Frente de Esquerda (FIT, composta pelos partidos: PTS, PO e IS) junto ao MAS e o MST, vão marchar da Praça Itália à sede diplomática dos EUA para repudiar Trump e sua ofensiva golpista no país latino-americano.

terça-feira 26 de fevereiro de 2019 | Edição do dia

Imagen Martín Cossarini | Enfoque Rojo

A Frente de Esquerda argentina (FIT em espanhol), formada pelo Partido dos Trabalhadores Socialistas (PTS), o Partido Obreiro (PO) e a Esquerda Socialista (IS), ao lado do Novo MAS e do MST, convocam a mobilizar-se na próxima quarta-feira à Embaixada dos EUA em Buenos Aires (Colômbia 4300).

A manifestação será às 18 horas na Plaza Itália, no coração do bairro de Palermo, em Buenos Aires, e partirá para a sede diplomática do país imperialista. A convocação é feita através de uma declaração conjunta assinada pelas organizações que compõem a FIT juntamente com o MAS e o MST.

Convocatória

A Frente de Esquerda (junto ao MAS e ao MST) chama a mobilizar-se em frente à Embaixada ianque (dos EUA) em Buenos Aires, para repudiar a tentativa de golpe na Venezuela e a auto-proclamação como presidente de Juan Guaidó, abençoado por Trump e seus agentes na América Latina - Bolsonaro, Macri e Piñera.

Este intervencionismo imperialista procura justificar-se em nome da "democracia" e dos "direitos humanos". Mas aqueles que o comandam são promotores históricos do golpe e da subjugação a todos os povos do mundo, começando pelo imperialismo ianque.

O mesmo pode-se dizer do ultra-reacionário Bolsonaro, que reivindica a ditadura brasileira, ou o direitista Macri, que dirige uma escalada da repressão na Argentina e é parte de uma corrente política que tem apoiado todos os golpes militares na Argentina.

Repudiamos o reconhecimento que Macri fez do pseudopresidente Guaidó, assim como de seu representante na Argentina, e exigimos a retirada da Argentina do grupo de Lima, instrumento do imperialismo na região.

Denunciamos o bloqueio econômico brutal que o imperialismo impôs sobre a Venezuela, realizando o confisco dos ativos desse país nos Estados Unidos, assim como a ameaça declarada de apelar para uma invasão militar, para assegurar os objetivos da ameaça de golpe.

Ao mesmo tempo, sinalizamos o caráter também golpista e intervencionista daqueles que buscam os mesmos objetivos através de uma suposta "mediação" ou do “diálogo", cujo objetivo é sustentar a extorsão econômica e política na Venezuela. É o caso do grupo de Montevidéu, criado pela União Europeia.

Na Argentina, os Massa, Pichetto, Urtubey, reunidos na Alternativa Federal, se alçaram a cruzada golpista contra a Venezuela. Por sua vez, e enquanto Cristina Kirchner pede silêncio, seu bloco legislativo se soma à política de falsa "mediação" imposta pela União Europeia e pelo Vaticano.

Nosso repúdio ao golpe imperialista não implica nenhum apoio político ao regime bolivariano, que é responsável por ter conduzido o povo venezuelano a um beco sem saída.

O chavismo estabeleceu um regime de poder pessoal e estatização das organizações populares, tendo o exército como principal sustentação.

O chavismo não alterou as relações de propriedade e, quando a crise mundial ocasionou a queda dos preços do petróleo, não hesitou em transferir às massas o peso da crise, com inflação e aumentos de impostos.

O governo venezuelano levou o salário a US$ 6 provocando uma catástrofe social e milhões de refugiados. Governaram conciliando com multinacionais (empresas mistas de petróleo e mineração), a favor dos grandes empresários nacionais e militares e da chamada "boliburquesia" militar e civil, pagando pontualmente a dívida pública.

O governo de Maduro também eliminou a validade dos acordos coletivos de trabalho que levaram à onda de greves no final do ano passado.

A oposição pró-estadunidense se constrói no descontentamento popular, mas, se prevalece, só irá submeter o povo a novas dificuldades e recolonização econômica integral.

A alternativa é a mobilização de trabalhadores e da população contra os planos de ajuste, a expulsão da burocracia sindical para conquistar a independência das organizações operárias e por um verdadeiro governo dos trabalhadores e do povo.

A partir desta compreensão comum, chamamos a nos mobilizarmos na Argentina e em todo o continente, em oposição à tentativa de golpe e a qualquer tipo de interferência imperialista, e propomos um programa de trabalhadores de emergência:

  • Não ao pagamento de dívida pública fraudulenta e a repatriação forçada de capital.
  • Não às empresas mistas, petróleo 100% estatal sob o controle de seus trabalhadores e dos usuários.
  • Confisco da propriedade daqueles que saquearam o país, disponibilizando estes recursos para as necessidades urgentes do povo e do país.
  • Respeito total aos acordos coletivos e um salário e cesta básica reajustados de acordo com a inflação.
  • Controle de preços exercidos pelos trabalhadores e comunidades, com delegados eleitos.
  • Controle operário da produção e distribuição, sem burocratas do governo e militares: reincorporação de todos os demitidos.
  • Rechaço às demissões nos setores público e privado, ocupação e produção sob controle operário – sem militares nem governo – de toda empresa que demita ou ameace fechar.
  • Liberdade para os trabalhadores presos por lutar e anulação dos julgamentos a trabalhadores, camponeses e todos os processados por protestar.

Com esta proposta, chamamos a nos mobilizarmos em frente da Embaixada dos Estudos Unidos em Buenos Aires contra a ameaça golpista.

Fora o imperialismo da Venezuela e da América Latina!

Lutemos por uma saída política dos trabalhadores para Venezuela e por unidade socialista da América Latina.




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