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ECONOMIA | A economia brasileira continua em queda

Apesar da euforia da mídia e de setores da burguesia com o governo golpista e suas aclamadas "medidas impopulares", os indicadores econômicos do país voltaram a sinalizar recessão.

sexta-feira 15 de julho de 2016 | Edição do dia

Depois de uma relativa estabilização, com o pequeno crescimento econômico de 0,03% em abril deste ano, em maio os resultados foram piores do que o previsto pelos economistas: queda de 0,51%, de acordo com o Índice de Atividade Econômica do BC - IBC-Br. Desde janeiro, quando o mesmo índice registrou queda de 0,69%, o recuo econômico não era tão intenso. Considerando o acumulado dos últimos 12 meses a queda das atividades econômicas do país chega a 5,5%. Este índice, considerado uma prévia do PIB, calcula perspectivas econômicas com base no bom desempenho de atividades como o agronegócio, a indústria e os serviços.

Contribuindo com esse dado, o varejo registrou queda de 3,1% no acúmulo anual, de acordo com dados do ICVA (Índice Cielo do Varejo Ampliado). Nos serviços a queda acumulada anual foi de 5,1%, de acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE.

Apesar das perspectivas econômicas otimistas da mídia com o governo golpista, não há como a população continuar consumindo num ritmo satisfatório para o comércio e para os serviços com índices de desemprego em mais de 11%, e quase de 60 milhões de brasileiros com o "nome sujo" no Serasa. Somando essas condições à alta dos preços dos produtos mais essenciais do dia a dia, como o feijão, fica cada vez mais difícil para a classe trabalhadora garantir suas necessidades mais básicas.

De acordo com a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vascovi, entre as medidas urgentes de contenção da crise está o teto de gastos. Sabemos que este teto de gastos não tirará um centavo sequer do bolso dos políticos e dos altos cargos do governo, e cortará mais uma vez na carne dos trabalhadores. A secretária do tesouro já tem experiência em jogar crises nas costas dos trabalhadores: quando foi Secretária da Fazenda do Espírito Santo congelou salários dos servidores, cortou investimentos em saúde, educação, moradia e outras áreas, sem precisar se desentender com grandes empresas sonegadoras de impostos nem mexer nos salários e privilégios da casta política. É esse caminho de ataques que ela e toda a cúpula do governo golpista traçam para as finanças do país como uma saída para crise.

As centrais sindicais ex-governistas como a CUT e a CTB preferem ser cúmplices desses ataques à classe trabalhadora do que romper com a paralisia da oposição pacífica e organizar a luta desde já a partir dos sindicatos que dirigem pelo país.
Falam em greve geral mas até agora não se teve notícia de nenhuma assembleia de base para organizar a luta dos trabalhadores. Se não for imposto pela força dos trabalhadores, nada farão contra os ataques do governo golpista.




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