terça-feira 6 de abril de 2021 | Edição do dia
“O SUS é triste de se ver, o particular também tem suas ausências, falta marcadores entre outros insumos, mas eles dão um jeito e compram algo ali, algo aqui. No particular morre um ou três, no SUS, de dez para mais”
Chegamos a um momento em que tanto o sistema de saúde pública, quanto privada, passam por dificuldades estruturais que impossibilitam todo e qualquer tipo de combate a pandemia, mas vale chamar atenção neste relato, ao número de mortes no SUS. Fruto da política genocida de Bolsonaro, 52,9% dos internados em UTIs covid no SUS morrem.
“Da ódio trabalhar no SUS, tem paciente que toma uma dieta que era pra ser em 24hrs e acaba tomando em 20min, falta insumos, falta tudo... As empresas que atuam nos hospitais estão pouco se importando com os funcionários... não tem bomba de infusão para aplicar sedativos, prioriza-se os que tem mais chances de viver e o outro deixam a sorte, morre gente todos os dias, TODOS OS DIAS”
Bolsonaro, seus ministros e seus governadores, são responsáveis pelas vidas dos trabalhadores da saúde e da população que vieram a óbito. Desde o inicio da pandemia deslegitimou a gravidade do problema, legitimando que empresas deixassem os trabalhadores a esmo, sem equipamentos de proteção individual e coletiva, assim como legitimou as medidas impensadas e ausências de planos assertivos de combate a pandemia por parte de ministros e governadores.
“ Faço oito horas, quando vejo estou virando vinte e quatro horas. Viro vinte e quatro horas pro paciente não morrer, seja pelo rim infectando o corpo, seja pelo coronavírus. É exaustivo trabalhar 24/36 horas.”
A ausência de recursos e mão de obra, sobrecarrega o dia a dia dos trabalhadores da saúde, assim como os obrigam a fazer o que podem e trabalhar com o que tem. São colocados sobre pressão todos os dias pela incoerência deste governo genocida de Bolsonaro, que privilegia os empresários e militares, enquanto os trabalhadores são explorados e abatidos pela pandemia.
“ A culpa não é dos trabalhadores, sabe? Falta recurso na verdade! Não tem sequer almofadas pra colocar no paciente para que ele não crie úlceras de pressão”
Essa calamidade que se encontra o Brasil, que alcança mais de 320 mil mortes, não é culpa dos trabalhadores da Saúde, essa calamidade é fruto da gestão irracional de Bolsonaro, ministros e governadores, que nada fizeram para que não chegássemos nessas condições. Em especial o governador João Doria que segue com sua demagogia, alegando se preocupar com os agravos da pandemia, mas mostra sua verdadeira face manipulando dados de contaminação em escolas para viabilizar o retorno as aulas, deixando claro que não é parte de sua preocupação a saúde dos trabalhadores e o conjunto da população.
Não foi garantido leitos, testes massivos ou condições financeiras para que pudéssemos ter uma quarentena racional. Bolsonaro, Dória e companhia priorizam os lucros dos empresários enquanto nós trabalhadores sofremos os golpes da crise sanitária.
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