Guilherme de Almeida SoaresSão Paulo
domingo 19 de abril de 2015 | 02:05
A câmara dos deputados mais uma vez adiou a votação da PL 4330 com medo de uma insatisfação popular. A preocupação dos deputados se deve por conta das manifestações que ocorreram no dia 15/04, mas também da imensa manifestação por via das redes sociais como o Facebook. Este acordo que contou com os todos os partidos da ordem incluindo o PT, visa meramente adiar a votação e não retirar o projeto.
A politica de terceirização faz parte da mesma politica que sucateia os setores públicos como saúde, educação e transporte que foram contestado por milhares em 2013. Ao mesmo tempo em que os grandes empresários demitem, torna as relações de trabalho precária, rebaixa os salários, aumenta a jornada de trabalho e retira os direitos, eles aplicam cortes em áreas publicas como saúde, educação e transporte, adotam politicas privatista através do Estado.
Apesar das manifestações de junho de 2013, o governo do PT junto com a oposição de direita adotam medidas de ‘’cortes’’ no setor publico, de incentivo as demissões, aumento de juros, aumento de tarifas e ataques aos direitos trabalhista. Por conta destas medidas cresce a insatisfação ao PT, mas também é visível o descontentamento também aos partidos como o PSDB que fazem parte da oposição de direita.
A PL4330 passando neste cenário, significa alimentar esta insatisfação por conta de uma politica que atinge diretamente a classe trabalhadora. Por isso é do interesse de todos os setores da burguesia construir um cenário de paz social para poder conseguir implementar esta medida. Por sua vez, a CUT e a CTB que diz ser contraria a PL4330 tem interesse de colocar rédeas curtas no movimento pois se sai do seu controle pode ser questionado tanto a PL mas também a politica de privatização feita nos governos de Dilma e Lula.
É mais do que preciso neste cenário que a esquerda anti – governista saia das palavras e vá para a ação quando se discute corretamente a construção de uma via que represente a classe trabalhadora. É preciso que a Conlutas e a Intersindical vá nas suas bases denunciar a politica da burocracia sindical, exigindo que rompam com o governo e os patrões e também construindo um grande encontro que se expresse os setores em lutas.
