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PANFLETO/OSASCO | A classe operária deve tirar lições da paralisação nacional de 15 de março

Material panfletado pelo Movimento Nossa Classe e Esquerda Diário nas fábricas de Osasco, interior de São Paulo.

Fábio NunesVale do Paraíba

sexta-feira 24 de março de 2017 | Edição do dia

A paralisação nacional do dia 15 de março foi uma grande demonstração de
força da classe trabalhadora, mostramos para nós mesmos e para os patrões e
seus governos, que nós trabalhadores unidos podemos dar uma resposta de
fundo para a crise política, econômica e social que atravessa o país e que foi
causada pelos patrões. Com nossa força e politização conseguimos impor que as direções das centrais sindicais chamassem aquela paralisação.Porém além dessa primeira lição, a da força que tem nossa classe organizada, temos que avançar para entender os limites que se expressaram naquele dia de paralisação nacional.

Entendermos que não bastam paralisações de um dia, pontuais, mas que para barrar os ataques dos patrões e de seus governos é necessário
um plano de lutas real que termine numa greve geral por tempo indeterminado
até que os governos e patrões retirem seus ataques da pauta e possamos dar
uma resposta dos trabalhadores à crise.

Precisamos exigir das direções das principais centrais sindicais, CUT, CTB,
Força Sindical, etc, um efetivo plano de lutas rumo a uma greve geral e denunciar essas centrais quando permanecerem paradas tentando frear nossa mobilização.

As centrais como CUT e CTB falam em greve geral como uma ameaça parlamentar, a serviço de seus objetivos: fortalecer Lula em 2018 para que o PT aplique a sua maneiras as reformas. Um plano de lutas real dos trabalhadores deve ser organizado de forma democrática, com assembleias na porta de cada fábrica e local de trabalho, onde os trabalhadores do chão da fábrica possam falar e defender suas posições e não apenas em reuniões onde vão apenas os diretores dos sindicatos. Os trabalhadores reais, do chão da fábrica, devem ter voz!!!

Em Osasco os metalúrgicos deram mais um grande exemplo de
mobilização, politização. Devemos exigir do sindicato que respeite a votação na
assembleia em 29 setembro do ano passado, que votou unanimemente por
greve geral e que defenda junto a sua Central (Força Sindical) a proposta dos trabalhadores de Osasco por uma greve geral. Que organize assembleias na porta de cada fábrica, abertas para os trabalhadores defenderem suas posições e não apenas os diretores do sindicato. Que numa possível e necessária nova paralisação nacional pare a produção durante todo o dia e não apenas algumas horas. Nossa classe mostrou que é possível vencer, barrar os ataques da patronal e seus governos e dar uma resposta dos trabalhadores à crise.

Não a reforma da previdência!! Não a lei que permite a terceirização irrestrita!!
Emprego para todos, divisão das horas de trabalho entre todos os trabalhadores, contratados ou desempregados!! Ocupar e colocar pra produzir sob controle operário as fábricas que fechem por incompetência dos patrões!! Que os patrões paguem pela crise!!!




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