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CENTRALIZAÇÃO DA FILA ÚNICA DE LEITOS | 85% dos leitos dos militares estão vagos: por fila única de leitos centralizados pelo SUS

A escandalosa notícia de que 85% dos leitos nos hospitais militares estão vagos, enquanto a população morre na fila por atendimento e cuidados contra a covid, é mais um exemplo de que essa crise não está sendo paga pelos golpistas e poderosos - ela está sendo descarregada em nós e estamos pagando com nossas vidas. É preciso a centralização de uma fila única de leitos, controlada pelos trabalhadores da saúde. Todos possuem o direito de tudo o que for necessário para não adoecer ou não morrer. A vida dos poderosos nao vale mais que as nossas vidas.

quarta-feira 7 de abril de 2021 | Edição do dia

Foto: reprodução

Nas últimas 24 horas, mais de 4 mil pessoas morreram, sendo que muitas nem tiveram a mínima chance de lutar pela sua vida, pois morreram na fila à espera de uma vaga em um hospital. Assim, enquanto falta até mesmo oxigênio em leitos para a população no SUS precarizado pelo governo, os militares e seus familiares podem ficar tranquilos, pois para eles tem um lugar reservado para atendimento de primeira qualidade.

Realmente uma ala de verdadeiros privilegiados que ficam inclusive sempre de fora de qualquer ataque contra a classe trabalhadora, como das reformas trabalhista e da previdência, e a mais recente PEC emergencial. Só a previdência militar custa 17 vezes mais a do trabalhador e ainda, o próprio Ministério da Defesa, hoje com Braga Netto à frente da pasta, mantém sob sigilo quem são e quanto recebem de pensão vitalícia as filhas e herdeiras de militares. Além disso, possuem todo o privilégio de um sistema de saúde que não é precarizado como o SUS que atende a maior parte da população do país.

Chega de privilégios para essa casta de parasitas. Se são os trabalhadores que tudo produzem e garantem toda a existência da sociedade, as vidas dos militares, políticos e seus parentes, não valem mais do que as nossas. A fila de leitos - públicos, privados e desses “privilegiados” - deve ser centralizada e organizada pelos trabalhadores do SUS. Se chegamos até aqui nesse colapso do sistema de saúde, isso foi consequência da política negacionista de Bolsonaro e seus militares, assim como de governadores, prefeitos, parlamentares e poder judiciário, com STF no topo.

Para os militares, a Constituição de 88 realmente foi um grande pacto que pôde garantir não somente seus privilégios, mas também seus poderes e a impunidade contra todos os crimes cometidos por eles na ditadura - não por acaso, anos depois foram um dos pilares no golpe institucional de 2016 para degradar ainda mais a vida da classe trabalhadora em prol dos lucros e interesses da classe dominante e imperialistas, enquanto comemoram o golpe de 64, como no último dia 31, sem nenhum rechaço da imprensa, STF e Congresso; e nesse momento, em que a crise sanitária e econômica podem levar a um levante de luta de classes, a Lei de Segurança Nacional, herança direta da ditadura, volta a ser usada contra aqueles que se opõem ao governo de Bolsonaro.

Essa crise demonstra o quão é fundamental para nossa classe a luta por fora Bolsonaro, Mourão, militares e os golpistas! Nós somos os únicos que podem garantir um verdadeiro plano emergencial contra essa pandemia e a crise econômica, sendo fundamental a nossa luta pela estatização do SUS, sob controle dos trabalhadores.

Não só é preciso a quebra de patentes para a produção de vacinas em grande escala, mas também, juntamente a isso, a total liberdade de pesquisas científicas que possam dar avanços em qualquer medida que combata de fato essa pandemia. E para o atendimento universal de todos adoecidos, é preciso a reconversão das indústrias para a produção de todos os insumos necessários e a centralização pelo SUS de uma fila única, que não deixe de fora leitos para privilegiados, para que seja possível que ninguém fique sem a possibilidade de lutar por sua vida, com cuidado, atenção e todos os medicamentos e procedimentos necessários.




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