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REFORMA DA PREVIDÊNCIA | 8 corruptos e investigados que votarão roubar sua aposentadoria “pelo bem do país”

Aécio Neves, Fernando Collor, Renan Calheiros, Rodrigo Maia e Flávio Bolsonaro votarão a favor da reforma da Previdência. São alguns das dezenas de deputados e senadores condenados ou investigados por corrupção que receberam milhões de Bolsonaro para destruir o direito a aposentadoria no país e entregar o orçamento aos banqueiros, grandes empresários e latifundiários.

quarta-feira 10 de julho de 2019 | Edição do dia

Mas segundo Jair Bolsonaro o que todos estes têm em comum é que estão junto com o governo “pelo bem do país”, como diz o discurso oficial. São os mesmos políticos de sempre junto com o governo para roubar o dinheiro dos aposentados, enquanto são muito bem pagos e mantêm seus privilégios, super salários, auxílios e mordomias. Muitos deles já foram condenados ou são investigados por corrupção.

1. Aécio Neves: ex-senador do PSDB e eleito deputado federal pelo PSDB-MG, tem seu patrimônio avaliado em R$ 6 milhões, com um crescimento em mais de 144% desde 2014, quando concorreu à presidência. Alvo de sete inquéritos; ligado ao helicóptero que carregava 450 kg de cocaína, que abasteceu em sua fazenda particular; já teve áudio divulgado em que dizia matar seu primo caso o delatasse. Acusado de quebra de sigilo do Banco Rural na CPMI dos Correios, entre 2005 e 2006, a fim de maquiar as contas do banco e esconder o desvio de verba de Furnas, uma empresa subsidiária da estatal Eletrobras, no mensalão mineiro. Poder-se-ia enumerar dezenas de outros casos do tucano mineiro, como acusação de desvio de R$7,6 bilhões da saúde do estado de MG; os "aecioportos" – cerca de cinco – construídos nas terras de sua família, no valor de de R$14 milhões; as relações com o doleiro Alberto Yousseff.

2. Fernando Collor: ex-presidente, que renunciou após o próprio irmão denunciar esquema de corrupção em sua campanha eleitoral. Atualmente eleito senador pelo PROS-AL, tem seu patrimônio avaliado em R$ 20 milhões, possuindo inúmeros carros, terrenos e jóias. Além do escândalo que fez sofrer processo de impeachment em 1992, já foi citado em vários escândalos de corrupção, entre eles, lavagem de dinheiro e corrupção passiva e fraudes entre a BR distribuidoras e a UTC engenharia.

3. Rodrigo Maia: presidente da Câmara e grande entusiasta da reforma da Previdência junto a Bolsonaro, o Deputado pelo DEM-RJ declarou bens avaliados em R$ 730.615,00. Em 2017, a PF concluiu investigações e afirmou “fortes indícios” de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Segundo o inquérito, Rodrigo Maia pediu à empreiteira OAS doações eleitorais no valor de 1 milhão de reais em 2014, que foram para a campanha do pai, César Maia. Além disso, ele teria defendido os interesses da construtora no período de 2013 a 2014 no Congresso Nacional, e prestado “favores políticos”. Ainda em 2017, em março, documentos liberados pelo STF acusam Maia de ter pedido e recebido propina num valor de 600 mil reais da Odebrecht. Após a homologação de diversas delações premiadas, a Procuradoria-Geral da República denunciou diversos políticos por envolvimento em corrupção, entre eles Rodrigo Maia.

4. Renan Calheiros: antigo presidente do Senado e senador do MDB, Calheiros responde a três inquéritos no Supremo Tribunal Federal decorrentes das apurações da Operação Lava Jato. É investigado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Segundo o delator Sérgio Machado, Renan recebeu propina de R$32 milhões.

5. Flávio Bolsonaro: senador eleito pelo PSL-RJ e primogênito do presidente da República, se tornou o centro das atenções no país depois que veio à tona, em dezembro passado, um relatório do COAF, órgão do Ministério da Fazenda, sobre movimentações financeiras extraodinárias feitas por seu então assessor parlamentar, Fabrício Queiroz. Segundo o COAF, Queiroz movimentou quase R$ 7 milhões em três anos, enquanto sua renda mensal gira em torno de R$ 20 mil.

6. Arthur Lira: além de agropecuarista e empresário, é deputado federal pelo PP-AL (partido cujo nome já está envolvido em diversos escândalos e é o ex-partido de Jair Bolsonaro) que possui patrimônios avaliados em R$ 2 milhões. Já foi denunciado pela PGR por corrupção e lavagem de dinheiro.

7. Eduardo Bolsonaro: deputado federal PSL-RJ e também filho de Jair Bolsonaro, aumentou patrimônio em 432% em 4 anos, o que acabou gerando a campanha “digite 432% no google” como denúncia. Há quatro anos, Eduardo Bolsonaro declarou ser dono de apenas dois bens: um apartamento (R$ 160 mil) e um veículo (R$ 45 mil). Agora, o patrimônio do parlamentar ainda inclui depósitos bancários, aplicações financeiras e um apartamento de R$ 1 milhão.

8. Jader Barbalho: o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, contou que o pagamento de propinas ao atual senador pelo MDB-PA envolveu, além de doações oficiais de campanha, repasses em espécie feitos por um empresário que pretendia fechar contrato com a subsidiária da Petrobras e até a oferta de apoio “logístico” de um banco para controlar a propina. Nos depoimentos à Procuradoria Geral da República (PGR), o delator disse que o “pressionava muito” por recursos ilícitos. Machado revelou ter dado, entre 2004 e 2007, R$ 4,25 milhões para Jader, sendo R$ 1,25 milhão em contribuições eleitorais e outros R$ 3 milhões em espécie.

No projeto sendo votado hoje está embutido um dispositivo que isenta o agronegócio de pagamento do INSS, deixando de entrar no orçamento público (saúde, educação e transporte) mais de R$ 80 bilhões. Enquanto isso grandes empresas têm dívida de mais de 450 bilhões com a Previdência Social, como mostra um documento do próprio Senado Federal.

Além disso as grandes empresas recebem todos os anos 350 bilhões de isenções fiscais, que deixam de pagar em impostos no país, que já é dos que menos cobra impostos de ricos e grandes empresários.

Além disso, nosso judiciário (golpista e autoritário) é o mais caro do mundo e o Congresso Nacional é o segundo mais caro.

Na verdade não existe rombo na Previdência; existe, sim, um roubo cotidiano de recursos para pagamento da infinita, ilegal, ilegítima e fraudulenta dívida pública, que enriquece banqueiros e especuadores entrangeiros e nacionais. É para aí que irá todo o dinheiro “economizado” com as aposentadorias.




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