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UNIVERSIDADES FEDERAIS | 70% das universidades federais sofrem cortes no orçamento pelo governo Temer

Marie CastañedaEstudante de Ciências Sociais na UFRN

terça-feira 29 de agosto de 2017 | Edição do dia

Dados do Ministério da Educação (MEC), obtidos GloboNews, apontam que 44 das 64 universidades federais do país tiveram seu orçamento afetados por cortes na comparação com o primeiro semestre de 2016.

O ranking das dez universidades com os contingenciamentos mais expressivos inclui grandes universidades, como a Unifesp (5ª colocada), UFRJ (8º lugar) e UFPE (7º lugar). Em dez dessas universidades, o corte neste ano superou os 20% da verba repassada às universidades ao longo dos seis primeiros meses de 2016.

Cortes de verba

Universidade Federal do Pará - 34%
Fundação Universidade Federal de Pelotas - 33%
Fundação Universidade Federal do ABC - 31%
Universidade Federal de Lavras - 27%
Universidade Federal de São Paulo - 25%
Universidade Federal de Pernambuco - 23%
Universidade Federal do Rio de Janeiro - 22%
Fundação Universidade de Brasília - 22%
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - 20%
Universidade Federal do Rio Grande - 20%

Os dados mostram que houve redução nos repasses feitos no primeiro semestre de 2017 em comparação com os períodos anteriores. Em relação ao ano passado, o total de verbas repassadas para as universidades foi R$ 249 milhões menor.

"Pontualmente, uma ou outra universidade pode ter alguma dificuldade de gestão ou até má gestão que não leva adiante o seu dia dia adequadamente," disse o ministro da Educação, o golpista Mendonça Filho, autor também da proposta de reforma do ensino médio, que com discutimos no Esquerda Diário trata de institucionalizar a precarização do ensino, promover um enxugamento do currículo e uma flexibilização na escolha das disciplinas e separar já na formação de nível médio aqueles que “pretendem ir para a universidade” dos “que desejam seguir uma carreira técnica”.

São dois ataques que se complementam, incidindo sobre as esferas do ensino fundamental, médio e superior, a precarização em regra das instituições formativas e de ensino no país.

São diversas universidades federais que ameaçam cortar gastos, fechar cursos e demitir funcionários, entre os quais os mais fragilizados são os trabalhadores terceirizados.

Por exemplo, há notícias como a de que algumas bolsas só seriam garantidas até setembro ou de que não havia mais dinheiro para manter universidades como a UFMG funcionando até o fim do semestre. Universidades como UFRJ, no Rio de Janeiro, ou UFTM e UFVJM, em Minas Gerais, já estão seriamente ameaçadas de fecharem neste ano, e a longo prazo estão na mira da privatização. As bolsas do CNPq estão sendo suspensas na UFRJ. Existe um plano bem arquitetado de desmonte do ensino público e da ciência.

Na UFMG, a Juventude Anticapitalista e Revolucionária Faísca lançou a campanha “UFMG contra os cortes. A educação vale mais que o lucro deles”, para responder a essa provocação do governo Temer que atinge amplo setor da juventude e dos trabalhadores. Precisamos enfrentar coordenadamente esse adendo às reformas do governo, e promover uma grande luta no ensino superior esse semestre.




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