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DESEMPREGO | 7 mil demitidos na indústria da região de Campinas

Postos fechados e falta de novas vagas para a juventude são a realidade na região.

Danilo ParisEditor de política nacional e professor de Sociologia

domingo 17 de julho de 2016 | Edição do dia

Na Região Metropolitana de Campinas, segundo dados do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), foram 7 mil postos de trabalho fechados na produção somente nesse primeiro semestre. Nos últimos 12 meses, são mais de 26 mil vagas fechadas na indústria.

De acordo com o IBGE, o indíce de desemprego é o maior na região dos últimos 20 anos, com 10,23%. E sabemos que esses números são muito maiores entre os jovens. Nas escolas, conversando com os alunos, é evidente que o desemprego está gritante.

A prefeitura que gastou no último ano 20 milhões com publicidade, nada faz para combater o desemprego. São décadas de subsídios, isenções fiscais e doações de terrenos para os empresários, e só precarização aos trabalhadores. As mesmas indústrias que lucraram bilhões de reais nos últimos anos, hoje demitem massivamente sem nenhum tipo de questionamento do poder público.

Dilma deu diversas isenções aos empresários nos últimos anos e nada fez para defender os direitos dos trabalhadores. Temer, Alckmin e o prefeito Jonas seguem esse caminho de forma ainda mais dura. Nâo poderia ser diferente: afinal, são essas grandes empresas que financiaram as eleições dos principais políticos do país e de nossa cidade.

Seria fundamental o acompanhamento real da contabilidade dessas empresas, com a abertura imediata da contabilidade de qualquer empresa que demitisse para a averiguação dos fatos, já que bilhões são enviados ao exterior por parte desses grandes monopólios imperialistas.

Uma lei municipal contra as demissões que fiscalizasse as empresas e impedisse esse procedimento, seria fundamental para garantir futuro e perspectiva para as famílias trabalhadoras e a juventude. As empresas que insistissem em demitir e fechar as portas(como foi o caso da MABE, que lucrou milhões nos últimos anos), deveriam ser expropriadas e estatizadas sob controle de seus trabalhadores, para manter os empregos na região.




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