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ANTICAPITALISMO | 56 milhões de pessoas passam fome por causa das guerras imperialistas

O informe desgraçadamente cita a violência e o conflito, como se fosse um mal de que não tem culpa, como se as guerras não tivessem seus patrocinadores e no fundo não fossem um lucrativo negocio.

terça-feira 2 de agosto de 2016 | Edição do dia

Enquanto a riqueza mundial se concentra nas mão de 1% da população mundial (informe Oxfam, 2016), 56 milhões de pessoas estão em situação de fome, sendo especialmente preocupante no Iêmem, Sudão do Sul, Burundi e na bacia do lago Chade. Países que apesar de serem considerados sumamente pobre tem reservas de petróleo, gás, uranio, lítio e ouro, entre outros produtos. Seguramente, são pobres por causa do imperialismo do primeiro mundo que em aliança com as elites regionais e se somando a escravidão e a miséria.

A organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura ( FAO) e o Programa Mundial de Alimentos ( PMA) entregaram um relatório ao Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a insegurança alimentar nesses países devido a violência.

Cerca da metade da população iemenita, 14 milhões de pessoas, sofrem com a fome, enquanto que na Síria estima-se que 8,7 milhões de pessoas necessitam com urgência de ajuda alimentar. assim mesmo se calcula que 89% de todos os refugiados sírios que atualmente vivem no Líbano requerem ajuda alimentar urgente.

Por outro lado, se refere a violência do grupo yihadista Boko Haram, que tem triplicado o número de deslocados nos últimos anos na região do Lago do Chade, que abrange Nigéria, Níger, Chade e Camerum, o que tem elevado os níveis de fome e malnutrição.

Depois dos último atentados na Europa, os governos desses países estão assumindo cada vez mais um discurso chauvinista, excludente e direitista, apostando em um ímpeto racista que vem encaminhando em parte a ocultar com medo dessas cifras, que são o resultado da riqueza que vivem as classes dominantes de vários países europeus.

No século XIX, França, Bélgica e Holanda se dedicaram a colonizar a África e o Oriente Médio, posteriormente a colonização direta foi substituída pelo imperialismo, submetendo a maioria dos estados africanos e do Oriente Médio a pobreza e a miséria.

A FAO e a PMA destacaram que o conflito é uma das principais causas da fome, já que destrói os cultivos, o gado e a infraestrutura agrícola bloqueia os mercados e força os deslocamentos. Falta-lhes indicar os meios gananciosos que conseguem seus corruptos governos, não somente nas guerras, mas também com o tráfico sexual de mulheres e crianças, o tráfico de armas, entre outros "negócios".

Segundo as últimas estimativas, aproximadamente a metade dos pobres do planeta vivem em países caracterizados pelos conflitos e pela violência.

Traduzido por Tatiana Ramos Malacarne.




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