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POR UMA PARALISAÇÃO NACIONAL | 29M mostrou o caminho: por uma paralisação nacional por Fora Bolsonaro, Mourão e militares

Sábado 29 de maio de 2021, no terceiro ano da desastrosa gestão de Jair Bolsonaro e a mais de um ano vivendo uma enorme crise sanitária, econômica e política, a população foi às ruas para denunciar a política genocida desse governo que já levou a 465 mil mortes por COVID-19.

quarta-feira 2 de junho de 2021 | Edição do dia

Dezenas de milhares de jovens e trabalhadores saíram às ruas de todo o país contra o governo de extrema direita de Jair Bolsonaro, uma ação que mostra, assim como na Colômbia, que o governo pode ser tão perigoso quanto o vírus, e que a campanha do #FicaEmCasa da rede Globo, de setores da burocracia sindical e direções do movimento de massas, além de outros setores do regime político é ineficiente para responder à crise, num cenário onde milhares precisam sair de casa para trabalhar, onde o precário sistema de saúde nao da conta dos contaminados, onde crescem as mortes não por COVID mas por outras doenças por conta da precarização da saúde, onde o desemprego atinge cerca de 20 milhões de pessoas e mais de 50% da população vive em situação de instabilidade alimentar. Nesse cenário a linha do manter as lutas engessadas no fica em casa, é a política de conter qualquer resposta da classe trabalhadora, juventude e movimento sociais.

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Os atos do último sábado mostram um enorme descontentamento estendido ao longo dos último ano e meio e que chega ao seu ápice quando a população se vê no caos que o país se encontra. Diante disso e apesar a da política do PT através da direção da CUT e do PCdoB através da direção da UNE que vieram “comprimindo” esse descontentamento e abraçando a política do #FicaEmCasa em consonância com os governadores, STF e Congresso Nacional, foram realizadas as manifestações do 29M.

A expressão desse dia também coloca em questionamento qual a saída para a crise. A CPI da Covid ou a espera passiva por 2022, que muitos setores da esquerda vêm apostando, se mostram mais do insuficientes diante dessa realidade. Fica a questão, como seguir com a luta?

Se apoiando na enorme força da classe trabalhadora organizada em unidade com a juventude, é necessário uma paralisação nacional, que questione não só o reacionário Bolsonaro mas seu vice racista e enaltecedor da ditadura, Hamilton Mourão, além de todos os militares que cada vez mais vêm participando e influenciando no governo. Que também questione todos os gestores do regime do golpe institucional, como governadores e STF.

Para isso as centrais sindicais e organizações do movimento estudantil, precisam organizar a luta desde a base, com assembleias nos locais de trabalho e estudo, e um Comando Nacional nas universidades que dê autonomia para os estudantes e trabalhadores decidirem os caminhos da luta contra os cortes na educação e os ataques. Para além, disso os sindicatos a partir dessas assembleias precisam impulsionar uma paralisação nacional, se apoiando na força que as dezenas de milhares nas ruas tiveram no último dia 29. A classe trabalhadora precisa entrar em cena e para isso as centrais sindicais, especialmente a CUT e a CTB, precisam sair da “sua quarentena” e organizar a luta dos trabalhadores.

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