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28A | 28A em Marília: diversas categorias paralisadas, corte de rodovia e mais de 500 nas ruas!

Em Marília/SP o ato neste 28 de Abril contra as reformas de Temer foi massivo e combativo, com mais de 500 manifestantes e corte de rodovia

sexta-feira 28 de abril de 2017 | Edição do dia

Neste 28A, trabalhadores de várias categorias e estudantes paralisaram e compuseram o ato na cidade de Marília, se somando à mobilização nacional contra as reformas da previdência e trabalhista e o governo Temer, que já é a maior paralisação em décadas no país. Os rodoviários da cidade paralisaram o transporte público durante o período da manhã, houveram paralisações de bancários, trabalhadores da Justiça Federal e Justiça do Trabalho. Trabalhadores das indústrias, professores da rede pública que paralisaram em quase todas escolas da cidade, professores da rede privada, estudantes secundaristas e universitários, e trabalhadores de várias categorias estavam presentes na mobilização.

Os manifestantes começaram a se concentrar às 8h em frente a Galeria Atenas, no centro da cidade, com carros de som, falas contra as Reformas, palavras de ordem, faixas, cartazes, bandeiras e bateria. Após algumas horas saíram em ato pelas ruas do centro da cidade, contando com todo o apoio da população, até nova parada em frente a prefeitura. Após esta parada o ato continuou rumo à Rodovia do Contorno, com a maior parte das bases das categorias em luta, efetivando um corte de rodovia por algumas horas.

Segundo um manifestante, professor da rede pública, “esse 28A foi histórico em Marília, foi uma das maiores manifestações desde 2013, com uma das maiores paralisações como não se via há décadas na cidade, se somando à também grandiosa mobilização ocorrida em todo o país. Para o tamanho dos ataques do governo, cortando os direitos dos trabalhadores para salvaguardar os interesses dos grandes capitalistas, a resposta deve ser à altura! Por isso este dia de paralisações e manifestações deve continuar, com um encontro de trabalhadores delegados e representantes das demais categorias para organizar uma verdadeira greve geral até derrubar as reformas e o governo Temer, para que as bases dos trabalhadores e estudantes possam superar as amarras das burocracias sindicais, sem novas tréguas ao governo”.

Veículos de mídia da cidade não expressam o ato do ponto de vista dos trabalhadores

Alguns jornais da cidade deram a notícia da mobilização sem ao menos dar expressão a nenhum dos manifestantes, sem dar ênfase aos motivos e argumentos a respeito da necessidade da luta. A ênfase de algumas notícias foi sobre um acidente ocorrido na rodovia no período da manifestação. Esses jornais deram a notícia da mobilização visando claramente criminalizar o protesto na rodovia distorcendo a informação de ter ocorrido um acidente na pista, como se esse tivesse uma relação direta com o protesto. De acordo com um desses sites a própria policia afirma que o motorista da carreta (uma bitrem carregada com ração) disse que percebeu a rodovia congestionada e começou a reduzir a velocidade, mas que foi surpreendido por diversos carros que saíam da alça de acesso do HC e que quando precisou frear seu sistema de freio estourou. É importante ressaltar ainda que no momento do acidente a alça de acesso da avenida Presidente Roosevelt estava aberta e o protesto não impedia o fluxo dos carros, que seguiam de forma muito lenta quando ocorreu o engavetamento. Ou seja, um acidente que poderia ocorrer em qualquer situação independente de estar ocorrendo o protesto, com um caminhão pesado que estoura seu sistema de freios quando tem que frear, numa rodovia mal projetada, onde todos os dias ocorrem fatalidades. Esse tipo de mídia sensacionalista e pouco comprometida com os fatos reais quis utilizar esse fato para tentar criminalizar o protesto.

Os manifestantes ouvidos pela redação se solidarizaram com as vítimas do acidente, apesar do acidente ter ocorrido a razoável distância do ato, e argumentaram que apesar do incidente, o corte de rodovia foi muito importante, assim como os cortes de rodovia, atos e paralisações em todo país, pois é justamente ao parar a produção, com ações radicalizadas é que se torna possível barrar as reformas, segundo argumentam. O governo, com algumas canetadas e votações apressadas, com parlamentares ligados e financiados por grandes empresários, passa ataques históricos aos trabalhadores. Aquelas horas de transito engarrafado não podem se sobrepor a vidas inteiras de trabalho precarizado caso essas reformas passem, a trabalhadores da cidade e de todo o país que irão morrer sem ter direito à aposentadoria.

Confira imagens da manifestação




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