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ECONOMIA POLÍTICA | 2017 e a expectativa de um ano com mais crise e recessão

quarta-feira 14 de dezembro de 2016 | Edição do dia

Foto: Mídia Ninja

O ano de 2017 é esperado pelos analistas com muitos receios, ao menos no que diz respeito à economia. A projeção é que o próximo ano seja tão ruim ou ainda pior que 2016, já há quem estime queda do PIB de até 1%.

Entre as análises mais drásticas, existe a projeção de crescimento de 0,95% da economia, o que levaria o país a amargar 3 anos de recessão. Aliada a crise econômica, o país se enfrenta com uma enorme crise política, já que os grandes poderosos contavam com o governo golpista para implementar os ajustes na economia rapidamente, mas as crises de corrupção e o desgaste do governo com seus ataques contra a população não permitem que os ajustes sejam implementados de acordo com as necessidades burguesas.

São 43 acusações contra o presidente golpista Michel Temer e diversas denúncias envolvendo seus ministros e parlamentares aliados. Tudo isso dificulta a implementação dos cortes nos orçamentos e as reformas trabalhista e da previdência e gera uma enorme instabilidade para os governos ajustadores.

A própria burguesia e sua mídia, já assumem que Temer pode não terminar o seu governo, justamente pela ineficácia no aceleramento da implantação dos ajustes, mas comemora a aprovação relâmpago da PEC 55, que congelará por 20 anos os investimentos na saúde e educação públicas.

Dando mostras de querer levar até o final a implementação dos ajustes, o Ministério da Fazenda pretende lançar nos próximos dias um pacote econômico, que certamente seguirá privilegiando os lucros dos grandes empresários e aumentando a carestia de vida da maioria da população brasileira.

Entre as saídas burguesas para a crise política, a pressão para implementar os ataques aos direitos populares é cada vez maior, querem estabelecer um governo sólido que consiga uma correlação de forças favorável e se coloca novamente a dúvida de até que ponto esse governo se sustentará. Nos últimos dias a burguesia tem embaralhado as cartas e levantado hipóteses de novas eleições, contando, é claro com a certeza de que apenas seus representantes legítimos poderiam disputar o pleito.

Para os trabalhadores e a juventude apenas uma saída independente poderá dar respostas de fundo, não adianta mudar os jogadores e manter as mesmas regras do jogo, como propõe a Lava-Jato e suas tentativas de mudar a quadrilha que governa. As mobilizações que se desenvolvem precisam ganhar força, unificando a juventude aos grandes bastiões da classe trabalhadora, para impor pela força da luta uma nova constituinte que responda à grandes necessidades da maioria da população.

Para isso, ao contrário do que fizeram hoje, as grandes centrais sindicais, como a CUT e a CTB devem romper sua trégua com o governo e organizar desde as bases a necessária resistência para combater os ajustes que mal começam a se implementar.




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