A Câmara de Paulínia, cidade do interior de São Paulo, afastou 13 dos 15 vereadores e aprovou a abertura de investigação contra o prefeito da cidade, Dixon Carvalho (PP), no fim da noite desta segunda-feira, 26
terça-feira 27 de fevereiro de 2018 | Edição do dia
Dixon é acusado de distribuir cargos aos vereadores a fim de evitar a abertura de comissão processante para apurar supostas irregularidades em contratos de coleta de lixo e de merenda escolar da prefeitura. Os vereadores afastados são suspeitos de terem recebido 68 cargos de livre nomeação em troca da blindagem ao prefeito.
O afastamento foi determinado pelo juiz Carlos Eduardo Mendes, da 1ª Vara de Paulínia, depois que os treze vereadores rejeitaram a denúncia da troca de cargos por votos em que eles mesmos estavam envolvidos. Os suplentes assumiram os postos e aprovaram, por dez votos a favor e três abstenções, a criação de uma comissão para investigar o prefeito. A comissão tem 90 dias para apresentar o relatório das apurações. Também foi aprovado o afastamento dos vereadores até o fim das investigações.
Enquanto os garis vivem em condições precárias de um trabalho extremamente mal pago e sem direitos, os corruptos da prefeitura fazem contratos ilegais para que as empresas possam piorar essa realidade e lucrar ainda mais. Ao mesmo tempo, a merenda de milhares de crianças sofre ameaça graças às relações espúrias da prefeitura com o empresariado da região.