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JUVENTUDE | 13 de agosto: a juventude precisa voltar às ruas junto à classe trabalhadora

Frente aos grandes ataques de Bolsonaro contra nosso futuro e à toda traição da UNE e das centrais sindicais, a juventude precisa voltar às ruas no dia 13 e incendiar a luta da classe trabalhadora para que sejam, em aliança, uma potência para derrotar os ataques.

sexta-feira 26 de julho de 2019 | Edição do dia

No próximo dia do estudante, 13 de agosto, está sendo chamado pela UNE e CNTE, com incorporação ao calendário das centrais, um Dia Nacional de Luta “por educação, aposentadoria e emprego”. Porém, esse não pode ser mais um dia de luta chamado apenas “para constar”, sem construção na base, onde tentam separar e enfraquecer nossas batalhas. Afinal, enquanto isso, a Reforma da Previdência avança na Câmara e Weintraub tem as universidades na mira de seu projeto privatista.

Diante dos diversos ataques de Bolsonaro e toda a direita, com os cortes nas universidades, as ameaças contra as cotas, a constante perseguição ao ensino público e ao pensamento crítico dissipada pelo governo na tentativa de deslegitimar o espaço acadêmico, mais recentemente resumida no programa “Future-se”, a juventude se levantou no último semestre, mostrando uma enorme disposição e o seu potencial nessa luta para barrar esse governo. Essa força, infelizmente, foi canalizada e desperdiçada pelas centrais sindicais e pela própria UNE, que fizeram de tudo para separar a luta pela defesa da educação da batalha contra a Reforma da previdência. Esse grande ataque do governo, se aprovado, vai afetar a todos os trabalhadores e à juventude trabalhadora, em especial as mulheres, negros e LGBTs, e vem avançando, tendo sido aprovado com uma grande margem no primeiro turno na Câmara no início de julho, o que, inclusive, faz com que o governo sinta-se fortalecido para avançar com mais ataques.

Tanto a classe trabalhadora quanto a juventude tem forças imensas, tendo dado vários exemplos de força e de luta em tantos momentos da história. Porém, apenas em aliança têm um poder tão brutal, capaz de barrar até mesmo o mais duro dos golpes desse governo, e foi sabendo disso que a UNE e as centrais não somente não apresentaram um plano de lutas concreto e nem mesmo construíram realmente os últimos “dias de luta”, sem assembleias e reuniões pela base, mas também se esforçaram para evitar a unificação até o final das lutas, enfraquecendo essa força, pois eles preferem buscar conciliar, para se colocar como oposição alternativa de “governabilidade” nesse Estado capitalista entregando nosso futuro. Afinal, enquanto isso, os governadores do PT e PCdoB, partidos que estão à frente dessas entidades de massas, dão seu apoio à Reforma no Nordeste.

A UNE (União Nacional dos Estudantes) não chamou nenhuma ação concreta nem mesmo quando a reforma da previdência foi aprovada no primeiro turno no mesmo dia em que começava o congresso da UNE, em plena Brasília, onde milhares de estudantes estavam reunidos. Agora, mesmo mais de uma semana após a convocação do dia 13, ainda não existe uma construção desse dia. Mas não podemos deixar que o potencial da juventude e da classe trabalhadora siga sendo diminuído.

É necessário que tenhamos um plano de lutas sério, que sejam organizadas plenárias e assembleias em cada local de estudo e trabalho para que estudantes e trabalhadores possam fazer um balanço dos últimos meses e se organizar com a perspectiva melhor preparada para esse combate. É essencial também que os setores de oposição à atual direção majoritária da UNE articulem uma força social que realize uma grande exigência à essa entidade. É por isso que estamos levantando a necessidade de plenárias de toda a Oposição de Esquerda da UNE, que se coloquem a exigir um verdadeiro plano de lutas da majoritária.

A juventude, que mostrou tamanha vontade de luta ao longo do primeiro semestre, se volta às ruas superando o papel da direção atual do movimento estudantil e buscando conformar uma força anti-burocrática que contamine os trabalhadores, pode cumprir um papel histórico contra os planos dessa extrema direita, fortalecida pelo golpismo, e impor um programa para que sejam os capitalistas a pagarem pela crise.




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