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ATO 120 DIAS SEM MARIELLE | 120 dias sem Marielle e Anderson: nas ruas do Rio se grita “quantos mais tem que morrer?”

quinta-feira 12 de julho de 2018 | Edição do dia

Foto: Dani Orofino / CHAMA agência-rede

Hoje completaram-se 120 dias sem Marielle e Anderson. Quase quatro meses sem que qualquer resposta sobre o brutal assassinato, do qual o Estado que mantém a intervenção federal que só aprofunda a repressão contra os trabalhadores, jovens e negros é responsável. E que se soma ao assassinato de jovens, como Marcos Vinícius, jovem de 14 anos morador da Maré, brutalmente morto pelo blindado da Polícia Civil enquanto ia para escola.

A camiseta suja de sangue, que foi empunhada com tristeza e revolta por Bruna Silva, mãe de Marcos Vinícius, se transformou em bandeira hoje, na manifestação convocada por partidos de esquerda, como o PSOL, movimentos sociais, dos Direitos Humanos, para lembrar dos 120 dias sem Marielle e Anderson, e contra as mortes pela repressão que vem ocorrendo desde então.

A manifestação marchou da Candelária à Cinelândia no fim da tarde de hoje e reuniu centenas de pessoas, que lembraram a memória de Marielle, Anderson, Marcos Vinícius e tantos outros que tiveram suas vidas tiradas pela repressão. Novamente os manifestantes denunciaram que não há qualquer resposta clara sobre os assassinatos, e que a violência contra os trabalhadores, e sobretudo a juventude negra e o povo das comunidades, continua aumentando a cada dia.

Foto: Rafael Daguerre / Mídia 1508

“A polícia não viu meu irmão com roupa de escola”? Com esses dizeres os cartazes reproduziam a pergunta de Marcos Vinícius quando foi assassinado, que tal como Marielle e Anderson, não foram casos isolados, mas mortes feitas pelo Estado contra o povo negro, os trabalhadores e a juventude das favelas. Assim a marcha de hoje colocou a voz dos que se negam a calar-se frente a intervenção federal, que aprofundou as bárbaras cenas de helicópteros atirando do alto na Maré, alvejando quem quer que estivesse nas ruas, denunciando também a falácia da “guerra às drogas”, política levada adiante pelo Estado para reprimir os trabalhadores, pobres e negros.




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