Dando início as comemorações do centenário da Revolução Russa, o Grupo de estudos História e Marxismo, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), realiza de 06 a 10 de março o “Seminário 100 anos da revolução Russa”.
Shimenny Wanderley Campina Grande
segunda-feira 6 de março de 2017 | Edição do dia
O professor de Ciência Política da UFCG, prof. Dr. Gonzalo Rojas participará, como Esquerda Diário, nesta terça-feira dia 07 de março da mesa debate intitulada “Revolução Russa: Processo histórico”, juntamente com o prof. Dr. Jaldes Menezes e o prof. Dr. Jonas Duarte, ambos professores de História da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). O evento acontecerá durante toda esta semana das 14:00hs às 18:00hs no auditório do Centro de Humanidades, inscrições gratuitas pelo e-mail: histó[email protected].
Em sua intervenção Gonzalo Rojas fará um balanço do processo da Revolução Russa e seus desdobramentos destacando pontos importantes como:
Foi com a Revolução Russa, a maior que o mundo já viu, que há 100 anos que pela primeira vez, a classe trabalhadora tomou o poder do Estado para si, onde operários, camponeses e o povo pobre em geral instituíram um governo dos trabalhadores. Na data do seu centenário é importante, além de comemorar, fazer um balanço crítico de todo o processo e principalmente tirar lições desse feito, um fenômeno político que deve ser estudado e analisado a sério, principalmente do ponto de vista da estratégia, e que deve ser acessível para os trabalhadores, as mulheres e a juventude.
Uma das lições mais importantes da Revolução Russa para todos os trabalhadores do mundo é a necessidade de construir um partido de trabalhadores que seja independente do governo, do Estado e dos patrões e principalmente anticapitalista. Dessa forma, precisamos compreendê-la para então poder construir estratégias de luta dos trabalhadores juntamente com a juventude para desse modo garantir uma luta efetiva contra o capitalismo e sua superação, por isso se faz necessário sempre retomar as importantíssimas contribuições e o exemplo de luta dos que fizeram a Revolução Russa, para a partir de uma práxis revolucionária construir uma sociedade nova sem explorados, nem opressores.
Consideramos uma excelente oportunidade para discutir o legado da Revolução Russa, por mais que a burguesia, com seus historiadores e meios de comunicação tentem suprimi-lo, bem como difundir uma visão ofensiva do marxismo crítica da burocracia stalinista e o legado da tradição bolchevique, através da oposição de esquerda e o trotskismo, trazendo para a análise do cenário político atual e de como intervir na luta de classes. Um debate mais que necessário em tempos de ataque aos direitos dos trabalhadores, das mulheres e a juventude a nível mundial.