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10 motivos para não votar na golpista Marta Suplicy

Dez motivos para não votar na golpista vira casaca Marta Suplicy.

Diana AssunçãoSão Paulo | @dianaassuncaoED

domingo 18 de setembro de 2016 | Edição do dia

A corrida eleitoral para Prefeitura da maior cidade da América Latina segue a todo vapor entre os candidatos da ordem. Marta, ex-prefeita da cidade, se encontra em segundo lugar nas pesquisas, atrás de Russomanno. Já vim denunciando no decorrer desta semana o perfil de alguns candidatos, como o machista asqueroso Russomanno, ou o "menino dos olhos de Alckmin", o empresário João Dória. Desta vez vamos analisar de perto o perfil da golpista vira casaca Marta Suplicy.

1) Primeiramente, uma golpista de marca maior. Após ter construído o PT por 34 anos Marta Suplicy rompe com este partido para se somar ao principal partido responsável pelo golpe institucional, o PMDB, em setembro do ano passado. Disputas de egos à parte no interior do PT, Marta não concordou com o apoio de Lula e Dilma para a disputa à reeleição de Haddad a Prefeito de São Paulo, e como resposta a isso resolveu entrar, em meio ao tsunami do impeachment, no partido que orquestrou o golpe não somente contra o PT, mas contra os trabalhadores, para aplicar os ajustes num ritmo maior que o que vinha fazendo o PT. No final do ano passado, quando já previa sua saída do PT, declarou que "Hoje, é um partido que sinto que não tenho mais nada a ver com suas estruturas. É um partido cada vez mais isolado, que luta pela manutenção no poder. (...) é um partido no qual estou há muito tempo alijada e cerceada, impossibilitada de disputar e exercer cargos para os quais estou habilitada", declaração esta que acaba por definir sua postura oportunista, visto que diante do não atendimento de seus desejos dentro do partido, a mesma se alinhou a ala mais suja e golpista da política brasileira. Para escapar a um partido corrupto, Marta não teve idéia melhor que se unir ao principal partido fisiológico do regime, que abriga a direita mais grotesca e corrupta, como o PMDB. Para bom entendedor, é possível avaliar sua declaração como uma real ameaça à este partido, hoje relativamente aplicada pelo próprio PMDB, a mídia golpista e o Partido Judiciário.

2) “Nem aí para a população, já que não usa os mesmo serviços”. Perguntada em debate televisivo quando foi a última vez que ela ou alguém de sua família tinha usado o SUS, Marta afirmou que “nunca usou, mas que tampouco qualquer outro candidato”. Imagine-se que, assim, o problema do sistema público de saúde para milhões de trabalhadores – que seu partido quer “desfinanciar” ou privatizar – estava resolvido para Marta. Quando Ministra do Turismo, em 2007, em meio à uma crise aérea nacional que assolava o país, Marta em entrevista para a televisão quando questionada no lançamento do Plano Nacional de Turismo do governo Lula sobre a situação dos passageiros frente às enormes filas nos aeroportos e atrasos dos vôos, deu a notável resposta aos jornalistas em rede nacional "relaxa e goza, porque depois você esquece todos os transtornos!". Este tipo de atitude revela sua preocupação com os meros mortais que necessitam dos serviços aéreos, mas nada surpreendente vindo de políticos que, como Marta, possuem os tais chamados privilégios dos políticos, como carros próprios com motoristas, helicópteros que os levam para onde quiserem, assim como seus jatinhos financiados com verba pública quando precisam sair sem precisar pegar fila.

3) A favor da reforma trabalhista do governo golpista. Marta quando questionada sobre o que achava da reforma trabalhista no primeiro debate da Band, se esquivando do questionamento, apenas respondeu "votei sempre a favor do trabalhador". Fazia parte do partido ajustador do PT contra os trabalhadores, calou-se até então sobre a reforma trabalhista do seu partido, PMDB. Pressionada a se diferenciar de Russomanno e conquistar votos de um setor dos trabalhadores, Marta foi obrigada a lançar vídeo em que “não concorda com a reforma trabalhista de Ronaldo Nogueira, ministro do Trabalho do PTB”. Mais oportunista, impossível! Nem parece que Nogueira é ministro de Michel Temer do PMDB, que junto com os golpistas Meirelles e Moreira Franco, busca privatizar todos os recursos e empresas estratégicas do país, sendo Temer o maior entusiasta da reforma trabalhista, da terceirização completa das atividades trabalhistas (já defendida na Câmara por Cunha, também PMDB) e os contratos de trabalho por produtividade com jornada de 12h (como vemos em seu discurso de posse). Está definitivamente contra os trabalhadores.

Michel Temer e sua parceira partidária, Marta Suplicy

4) Marta das tarifas. Como se não bastasse todo o imposto abusivo que a população já paga ao Estado (enquanto as grandes fortunas gozam de inúmeras isenções), Marta instituiu quando prefeita da cidade de São Paulo, em 2003, a taxa do lixo e a contribuição para a iluminação pública, ficando, assim, conhecida na época como Martaxa. Era cobrada de R$ 6,14 a R$ 61,36 por mês para bancar o sistema de coleta de lixo. Já a taxa de iluminação cada residência teria que pagar R$ 3,50 por mês. O desejo de Marta então é de fazer com que a população pague cada vez mais impostos em cima de questões que deveriam ser garantidas pelo Estado sem custo algum para a mesma. Passou longe de levantar a necessária estatização completa, sem indenização e sob controle dos trabalhadores, das redes de geração e distribuição de energia elétrica, única forma de garantir o menor custo e a maior eficiência na prestação dos serviços, em detrimento das fraudes patronais estrangeiras (principalmente as francesas, com quem Marta adorava se reunir para negociar o controle do abastecimento de água e saneamento) que lucram com a miséria dos serviços públicos.

5) Envolvida em fraude de licitação. Marta Suplicy teve seu mandado cassado em 2014 por improbidade administrativa, por ter contratado, sem licitação, em 2002, a organização não governamental GTPOS (Grupo de Trabalho e Pesquisa em Orientação Sexual), empresa pela qual foi sócio-fundadora, beneficiando sua própria empresa. Como vivemos no país da impunidade dos políticos, em menos de 3 anos, hoje Marta sai como candidata à Prefeitura novamente.

6) Acusada de receber propina em campanha. Segundo informações prestadas dos executivos da Odebrecht, Marta Suplicy teria recebido pela via do "caixa 2" o montante de aproximadamente R$500 mil na campanha de 2010 feita com o empresário Marcio Toledo, hoje marido da candidata. Nem mesmo a própria justiça burguesa e corrupta hoje consegue esconder sua própria sujeira.

7) Marta aliada aos grandes machistas do congresso. Ainda falando sobre direitos democráticos, o que esperar de uma mulher que sempre se auto-intitulou "feminista" e "lutadora dos direitos das mulheres" e que hoje se filia ao partido dos golpistas machistas mais asquerosos do país, como Eduardo Cunha, que declarada e abertamente se coloca contra os direitos reprodutivos das mulheres e contra os direitos dos LGBTs propondo políticas públicas para retirada dos nossos direitos, como a criminalização ainda maior das mulheres no caso do aborto? Não somente ele, mas também toda casta da direita mais machista e grotesca que poderia ser vista hoje na política brasileira, como Sarney, Renan Calheiros, Jader Barbalho, e a tropa de misóginos do Congresso.

Marta e Eduardo Cunha

8) Marta em função da bancada evangélica e contra os direitos dos LGBTs. Sempre gostou de posar como a lutadora pelos direitos sexuais, seja das mulheres ou dos homossexuais, sem ter operado qualquer mudança real na vida dos LGBTs enquanto foi parte do governo do PT. Embora tenha sido parte do projeto de equiparação da união homossexual à heterossexual, o projeto que Marta apresentou de criminalização da homofobia foi arquivado em 2005, porque decidiu render-se à pressão da bancada evangélica, assim como todo seu partido nos anos de governo do PT, sendo que ainda hoje a cada 28h um homossexual morre de forma violenta no país.

9) Acha que coqueiros na cidade são prioridade. Quando prefeita da cidade de São Paulo, em 2004 em detrimento das diversas demandas mais sentidas pela população da cidade, que carecia de serviços básicos e de qualidade, Marta optou pelo ridículo expediente de comprar palmeiras-imperiais para a cidade para deixá-la mais "bonita". Quando questionada por uma trabalhadora sobre esta aquisição paisagística, na época, a resposta foi a seguinte:

Trabalhadora: - Eu pago imposto, R$ 5.000 de imposto. E a senhora planta coqueiro lá no Itaim-Bibi.

Marta: - Onde as pessoas pagam R$ 20 mil de IPTU. As pessoas pobres desta cidade tem direito a ter coqueiro também.

Veja o vídeo da discussão de Marta com a trabalhadora.

10) Financia desfiles de luxo com dinheiro da população. Marta destinou R$2,8 milhões para financiar três desfiles de luxo de estilistas brasileiros (Pedro Lourenço, Alexandre Herchcovitch e Ronaldo Fraga), sendo dois deles fora do país. Usou dinheiro público da Lei Rouanet de incentivo à cultura para financiar desfiles de moda para a burguesia ao invés de destinar este dinheiro para a população brasileira com o financiamento de teatro, cinema, entre outros, gratuito e de qualidade. Marta prefere agradar os grandes empresários da moda e manter os meros mortais brasileiros renegados a nenhum incentivo cultural.

Diana Assunção é candidata a vereadora do MRT pelo PSOL em São Paulo, número 50.200




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